terça-feira, 14 de janeiro de 2014

menos que um: réquiem para juan gelman

Juan Gelman, poeta argentino que conheci apenas agora e apenas - imagino - pela divulgação de sua morte, é de fato um grande poeta. Posso dizer isso pelos poemas que li e tenho lido e traduzi, durante o dia de sua ida, que me falaram muito grandemente, que me significaram muito, em muitas coisas. Estilo, sobretudo. Não o conheci antes, conheço agora. É a vida, minha senhora, é a vida.

Costumes

não é para ficar em casa que fazemos uma casa
não é para ficar no amor que nós amamos
e não morremos para morrer
temos sede e
paciências de animal



Costumbres

no es para quedarnos en casa que hacemos una casa
no es para quedarnos en el amor que amamos
y no morimos para morir
tenemos sed y
paciencias de animal

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