quarta-feira, 31 de julho de 2013

menos que um: toda a américa de ronald of carvalho

Quando verti Chacal ao inglês, ele foi acompanhado de uma versão de um pedaço de Ronald de Carvalho. Toda a América - Toda a America, segundo a grafia própria. Foi um exercício, claro está, do qual eu bem gostei. Acho que gostaram. Tentei ser fiel, como sempre tento, à música do texto - guardados os devidos problemas e problematizações teóricos que "música do verso" pode originar.

E eis que, procurando as coisas agora para postar, encontro - no texto que você pode ler, original e facsímile, clicando em America sem acento - o "aphorismo poetico":

"Cria o teu rythmo livremente"

Toda a América

Oh! Turbilhão de energias e
grandezas latentes,
choques,
saltos,
clamores,
vibrações,
claridades,
tumultos do teu despertar!
O mundo nasce outra vez em ti, e o homem
diante de ti sorri ingenuamente como
um deus. (...)
abrem as entranhas, e do sexo imenso
da terra jorram metais, óleos, pedrarias,
giram os tornos de Puebla, crepitam os
fornos de Tonalá,
e os teares de Jersey, Oaxaca, São Paulo,
Sucre e Punta Arenas trançam (…)

(acima, o original de Ronald. Abaixo, minha versão)

The whole America

Oh! Vortex of energies and
latent greatnesses,
shocks,
leaps,
clamours,
vibrations,
clarities,
turmoils of your awakening!
The world is born again from you, the man
before you open-heartedly smiles as
a god. (...)
the belly is open, from the huge earth's
sex spring forth metals, oils, jewels,
turning around Puebla, crackling
ovens of Tonalá,
and the looms from Jersey, Oaxaca, São Paulo,
Sucre and Punta arenas braid (...)

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